MPRJ denuncia suspeitos de matarem o ator Jefferson Machado
Corpo da vítima foi escondido em um baú e enterrado
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através dos promotores de Justiça Alexandre Murilo Graça e Sauvei Lai, denunciou, nesta sexta-feira (28), Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estelionato e crimes patrimoniais contra o espólio do ator Jefferson Machado Costa.
A denúncia foi oferecida ao Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital. O MPRJ também requereu à Justiça a conversão da prisão temporária dos acusados em prisão preventiva.
De acordo com a denúncia, em 23 de janeiro deste ano, na residência de Jefferson, no bairro de Campo Grande, Bruno ministrou substância entorpecente na bebida do ator, antes de subirem ao segundo andar da casa, também em companhia de Jeander, onde deram início a uma relação sexual.
Em meio ao ato, quando a vítima se encontrava de costas, Bruno estrangulou o pescoço de Jefferson com um cabo de aparelho de telefone, provocando sua morte. Segundo a acusação, Jeander concorreu para a prática do crime, distraindo o ator para que Bruno pudesse atacá-lo. Os denunciados levaram então o corpo em um baú e o enterraram em terreno na parte da frente de uma kitnet alugada por Bruno no mesmo bairro, onde, posteriormente, concretaram.
A ação também descreve os fatos e motivos que levaram ao crime. A partir de 2019, Bruno prometeu falsamente a Jefferson a compra de uma vaga para ator em uma emissora de televisão, no valor de mais de R$ 18 mil, alegando que seria repassado a um suposto produtor/diretor da emissora. O dinheiro não foi devolvido e tampouco houve a contratação. Segundo a denúncia, tratava-se de mera isca criada para obter vantagens financeiras ilícitas da vítima. Na iminência de ser descoberto, Bruno matou a vítima.
Dias depois do homicídio, a investigação demonstrou que Bruno de Souza se passou por Jefferson e utilizou a senha do cartão de crédito dele para efetuar compras em estabelecimentos comerciais e anunciou a venda do carro da vítima em agências de automóveis.
Houve ainda invasão ao telefone da vítima, por meio do qual, Bruno se atribuiu falsa identidade para manter diálogos com familiares e amigos da vítima, e terceiros para benefício próprio. A denúncia descreve também que os acusados praticaram maus-tratos contra animais domésticos ao abandonarem oito cães de raça pertencentes ao ator, em um terreno vazio, sem alimentação e cuidados de higiene, quando dois morreram e um desapareceu.
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