Artista de Macaé faz grafite em prédio de quase 112 metros de altura em Santa Catarina
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Marlon Muk espera que obra em imóvel na cidade de Balneário Camboriú (SC) cause conforto visual, reflexão e 'um diálogo de como os espaços públicos podem mudar com essas intervenções artísticas'. Artista de Macaé faz frafite em prédio de quase 112 metros de altura em SC Qual o tamanho do seu sonho e do seu desejo de viver dele? O artista Marlon Muk, de 41 anos, natural de Macaé, no Norte Fluminense, diria que tem cerca de 111,77 metros de altura por 5,54 metros de largura. Esse é o tamanho do prédio em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, que virou uma grande tela para receber o grafite do artista. Prédio tem quase 112 metros de altura e contará com diversos elementos da fauna Marlon Muk/Arquivo pessoal Pendurado em cortas a centenas distância do chão, ele está produzindo uma obra que vai contar com elementos que fazem parte da identidade da cidade e também fazem parte da fauna e da flora de Macaé. "É o pássaro, as gaivotas, é a botânica, ali representada pela costela de adão", explicou ao g1. O trabalho faz parte do projeto #cidadeincomparável, que é realizado pela construtora Embraed em parceria com o movimento Open Street Gallery. O convite para esse imóvel, que é considerado um dos mais altos do Brasil, surgiu após parceria em um outro projeto. Marlon também tem vários grafites por Macaé, em shopping e restaurantes do município. "Tenho 12 grandes murais lá, pinto há 25 anos na cidade", diz ele, que está há 17 anos na pintura. Rotina de trabalho Engana-se quem possa imaginar que a rotina de pintura é fácil e que não exige preparo físico. Marlon conta que exige muito. Sua rotina é levantar, tomar café, ir para academia fazer um trabalho de alongamento e fortalecimento dos músculos para encarar uma rotina de oito a dez horas de pintura. "É preciso cuidar do corpo e da mente pra poder fazer um trabalho de excelência", afirma. Conquistas Marlon já viveu preconceito por conta de ter escolhido a arte como profissão, inclusive da própria família. "Muitos não levavam fé que eu poderia sobreviver com arte e to mostrando, desbravando grandes murais pelo Brasil e pelo mundo", diz. Com esse novo mural, que começou a ser feito no dia 19 de fevereiro e deve ser concluído nesse fim de semana, o artista espera causar um conforto visual e reflexão. "Um diálogo de como os espaços públicos podem mudar com essas intervenções artísticas. Intervenções que chamam um público tão amplo. A minha intenção é colocar colírios nos olhares das pessoas com esse mural", afirma.
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