Castro proíbe permanência nas ruas do RJ das 23h às 5h e limita horário de bares e restaurantes
Decreto a ser publicado nesta sexta-feira (12) tem regras semelhantes às adotadas no Município do Rio. 'Observamos um aumento de 30% na procura por atenção básica, nos últimos 10 dias', afirmou governador em exercício.
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), afirmou que serão estendidas para todo o estado, "com pequenas alterações", as medidas restritivas contra a Covid-19 adotadas esta semana no Município do Rio.
"Fica vedada a permanência em área e praças públicas das 23h às 5h. A circulação está permitida", leu Castro.
Bares e restaurantes terão de fechar às 23h. "Mas cada município terá autonomia para reduzir esse horário", ressaltou o governador — na capital, o expediente do setor tem de ser encerrado às 21h.
"O decreto estadual é um balizador da política pública. Cada município tem suas especificidades. O estado está fazendo um papel regulador da política pública", afirmou o governador.
Castro também disse que continua "contra o lockdown enquanto não for necessário".
"A vida das pessoas passa por várias searas diferentes, emprego é uma delas. Ouvir a cadeira produtiva é fundamental, eles têm funcionários, clientes, e eles são seres humanos. Trouxemos a cadeia produtiva para dentro do processo porque eles são fundamentais”, destacou.
"A situação é de 52% em taxa de enfermaria e 54% na de CTI. Esse não é o único dado que seguimos. Observamos um aumento de 30% na procura por atenção básica, nos últimos 10 dias. Isso acendeu a luz amarela", disse Castro.
Escalonamento no comércio
Presidente da Fecomércio, Anônio de Queiroz, também na coletiva, deu detalhes sobre um plano de "escalonamento" para o comércio. Segundo ele, haverá a separação entre comércio de rua e serviços, e comércio de shopping.
"Nós fizemos a separação entre comércio de rua e serviços, e comércio de shopping. Serviços e comércio de rua vão abrir a partir das 8h30 até 17h30. O shopping será de 10h30 até 22h. Com isso, diluímos a ida para o trabalho e volta para casa", afirmou Queiroz.
Restrições unificadas
Na quinta (11), Castro afirmou ao Blog do Edimilson Ávila que não fazia sentido parte do Grande Rio ter adotado regras rígidas — caso da capital, de Niterói e de São Gonçalo — se os demais municípios não as seguissem.
Castro antecipou que ia conversar com entidades da indústria e do comércio para definir o escalonamento das jornadas de trabalho a fim de dispersar o horário de pico nos transportes.
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