O início do ano letivo foi diferente para alunos do ensino básico ao médio em todo o país. Em 2025 foi sancionada a lei federal que proíbe o uso de aparelhos celulares em escolas públicas e privadas no Brasil e ela já foi aplicada no início de fevereiro, com o início das aulas.
O início do ano letivo foi diferente para alunos do ensino básico ao médio em todo o país. Em 2025 foi sancionada a lei federal que proíbe o uso de aparelhos celulares em escolas públicas e privadas no Brasil e ela já foi aplicada no início de fevereiro, com o início das aulas.
A lei proíbe o uso de aparelhos como celulares e tablets durante todo o período escolar, exceto em atividades pedagógicas ou didáticas, mediante orientação dos professores. O objetivo da lei é resguardar a saúde mental e psíquica dos alunos, além de incentivar a socialização entre os estudantes.
Com menos de um mês da aplicação da lei, professores e diretores já enxergam benefícios com a proibição. O sentimento geral é de tranquilidade e de melhora na produtividade escolar. Eloá Schuler, que dá aulas para adolescentes no Ensino Médio, brinca que sente ter voltado no tempo. “Voltaram os problemas dos anos 2000, mais conversa em sala de aula, voltei a até a ver baralho, alunos jogando ‘Stop’ [adedonha], sabe?”, brinca.
Para a professora, a lei é um respaldo para o que os docentes tentavam aplicar em sala de aula. “Quando não era algo nacional, mesmo com políticas nas escolas, era difícil de controlar. Antes a gente devolvia no fim da aula, mas era um estresse para tirar o aparelho e logo depois devolvia, não tinha uma punição”, comenta.
Em pouco menos de um mês desde o início das aulas, Eloá afirma não ter visto nenhum celular em sala de aula. “É positivo que o aluno saiba do transtorno que ele pode ter ao levar o celular. Os pais que pegam, então o aluno tem que se virar, os pais também já ficam sabendo da indisciplina”, avalia.
Elvira Pannozzo, diretora e mantenedora do Colégio Vertex, explica que a adaptação foi mais simples, já que tinha implementado regras de restrição ao uso do celular na escola. “Eles só podiam usar no intervalo, mas o número de alunos pegando o celular era grande. Agora isso mudou”, conta. “Eles interagem uns com os outros, participam dos jogos no pátio do colégio, voltou a ter um recreio animado e barulhento, que é saudável”, avalia a diretora.
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