MPRJ DENUNCIA POR PECULATO DIRETORA FINANCEIRA DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DE ARRAIAL DO CABO
A Promotoria de Justiça de Arraial do Cabo denunciou por peculato, na segunda-feira (29/07), a diretora financeira do Instituto de Previdência de Arraial do Cabo, Marilia da Conceição Oliveira, e sua filha Cristiane de Oliveira Santos. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Marilia criou, em 2016, um registro funcional de uma servidora fictícia, desviando R$ 2,6 Milhões em proveito próprio e da filha.
O documento ajuizado junto à Vara única de Arraial do Cabo relata que a fraude foi descoberta após a presidente do Instituto de Previdência Cabista, autarquia municipal responsável pela gestão previdenciária do município, constatar uma inconsistência em dois contracheques de uma mesma servidora aposentada. A servidora em questão nunca existiu, mas teve os dados inseridos no sistema por Marilia, e além de receber dois proventos relativos a matrículas como docente, também recebia uma pensão como beneficiária.
Ao analisar os contracheques da aposentada, a presidente da autarquia verificou que não constavam dos documentos os descontos de Imposto de Renda e Previdência. Ao questionar Marilia sobre a inconsistência, recebeu como resposta que a servidora possuía uma doença grave, o que justificaria a ausência dos descontos.
Ao continuar investigando a situação, a presidente do Instituto descobriu, consultando o CPF da servidora cadastrado no contracheque, que tratava-se da mesma numeração da filha de Marilia, Cristiane. Além disso, identificou que os rendimentos das duas aposentadorias e da pensão também são depositados na conta corrente de Cristiane.
“Apurou-se, ainda, que o endereço da servidora fictícia foi inventado, assim como a condição de neoplasia maligna - enfermidade grave que permitiu a isenção do desconto de imposto de renda sobre os valores auferidos – e a foto do cadastro, retirada da internet. Através de auditoria preliminar efetuada pelo IPC, verificou-se que foi desviado desde o ano de 2016, dinheiro público do qual tinha posse em razão do cargo, no montante de 2,6 Milhões", diz um dos trechos da denúncia.
Fonte: MPRJ
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