Banhistas encontram material parecido com óleo em praia de Rio das Ostras: “Um perigo para a vida marinha e à população”
Banhistas encontram material parecido com óleo em praia de Rio das Ostras: “Um perigo para a vida marinha e à população”
Material foi avistado na Costazul, perto de animais marinhos mortos. Autoridades não confirmam procedência do material. O fim de semana de sol e com feriado prolongado tinha tudo para ser de muita tranquilidade nas praias da Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Porém, na praia de Costazul, em Rio das Ostras, os banhistas se depararam com um material escuro, parecido com óleo, ao longo da areia, além de animais marinhos mortos na orla. Até o momento, nenhum órgão oficial confirmou a procedência do material encontrado. A família da servidora pública Marcela Vidaurre foi uma das que se surpreendeu ao chegar no local. Ela mora no Rio de Janeiro e foi passar o feriado na casa dos pais, em Rio das Ostras. Porém, ao chegar na praia, se deparou com a “sujeira” que remete ao óleo encontrado em praias brasileiras ao longo dos últimos anos. “Assim que chegamos, vimos muitos tatuís mortos, até uma lesma do mar estava morta no local. Então, vimos que nossos pés e pernas estavam com óleo, mas não era visível na água. Foi aí que começamos a ver na areia, que tinha bastante. E em uma piscina natural também vimos muitos pontinhos”, conta Marcela. Quando percebeu o material na areia, a banhista foi buscar orientação dos guarda-vidas que estavam no local, mas relata que os profissionais não isolaram a área ou souberam informar do que se tratava. “Fui falar com os bombeiros e eles apenas disseram ‘que doideira’ e voltaram a se exercitar. Eu e mais alguns banhistas, que são da cidade, que falamos com algumas pessoas (sobre o material que estava na areia)”, disse a servidora. Durante o tempo em que estava no local, a banhista também conta que não viu nenhum trabalho de limpeza sendo realizado. “Não tinha ninguém na praia pra limpar. Zero orientação. O pior foram os bombeiros, que não deram a mínima depois que falamos com eles”, desabafou Marcela. Depois de perceber a grande quantidade do material e a falta de orientação, Marcela e a família decidiram ir embora do local. Mas, na hora de sair da praia, um novo problema: a dificuldade em limpar o suposto óleo que ficou grudado nas pernas, pés e roupas de banho. “Sujou muito. Tivemos que lavar com detergente e bucha! Na sunga do meu filho, de 3 anos, não saiu. Não sabemos de onde veio (o material)”, relata Vidaurre, que destacou, ainda, que em anos indo até a Costazul, nunca tinha visto algo do tipo. “Eu cresci nessa praia e nunca vi isso. Estou chateada e preocupada também, pois estava com bastante óleo. Uma praia tão bonita, cheia de tartarugas. É um perigo para a vida marinha e para à população”, completa Marcela. A Marinha do Brasil, a Prefeitura de Rio das Ostras e o Corpo de Bombeiros foram questionados, mas não responderam até o fechamento da reportagem.
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