MENINOS DESAPARECIDOS EM BELFORD ROXO FORAM TORTURADOS E ASSASSINADOS POR TRAFICANTES , CONCLUI POLÍCIA
MENINOS DESAPARECIDOS EM BELFORD ROXO FORAM TORTURADOS E ASSASSINADOS POR TRAFICANTES , CONCLUI POLÍCIA
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) concluiu que os meninos desaparecidos de Belford Roxo foram executados após um deles não resistir às duras agressões cometidas pelos traficantes da favela do Castelar. As investigações confirmaram que Lucas Matheus, Alexandre e Fernando foram condenados pelo tribunal do tráfico a uma sessão de tortura, após serem acusados de furtar o passarinho de um criminoso. Cinco integrantes do tráfico do Castelar foram indiciadas por triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
“Desde o início a gente já tinha informação da responsabilidade do tráfico sobre o desaparecimento e possibilidade da morte. Isso era uma informação que a gente já trabalhava desde o início, mas só podemos trabalhar exclusivamente com isso, quando a gente começa a materializar isso, que acontece em maio, através de informações de inteligência e um depoimento chave, em maio”, disse o delegado Uriel Alcântara, responsável pela investigação.
Segundo a especializada, o pedido para a tortura partiu do gerente do tráfico do Castelar, Willer Castro da Silva, o Estala, e foi autorizado por Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, e José Carlos dos Prazeres Silva, que são apontados como líderes da organização criminosa que coordenavam seus subordinados do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Além deles, um gerente da carga de drogas da comunidade, que não teve a sua identidade revelada também foi apontado como participante do crime.
O pedido de Estala teria partido após a suspeita de que os meninos teriam furtado o passarinho do seu tio.
As investigações apontaram que a ideia inicial dos criminosos era de agredir os meninos, como uma forma de corrigi-los. No entanto, uma das crianças não teria resistido e eles, então, decidiram executar as outras duas.
“Em razão da subtração do passarinho do tio do Estala, eles agrediram as crianças, exageraram e aquilo resulta na morte dessa criança e eles acham que a solução para aquele problema seria executar os outros dois. A gente não sabe quem foi o primeiro que aconteceu isso”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com a DHBF , a traficante Ana Paula da Rosa Costa, a Tia Paula, em companhia de outros traficantes ordenou que o sexto investigado dirigisse um veículo e transportasse os corpos até o rio onde foram jogados em sacos.
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